Em 2007 comecei minha jornada como Fisioterapeuta, escolhi atender somente pacientes com DTM. Era um campo novo, menor concorrência, poucos profissionais sabiam trabalhar nessa área e não era coberto por planos de saúde, ou seja, o paciente iria necessitar de um atendimento particular. Curso atualmente o 10P de Odontologia, achei que deveria ter um conhecimento mais aprofundado das condições que mimetizavam uma DTM e eu, como Fisioterapeuta, não sabia e não poderia avaliar.

Ter atendido cerca de 7.600 pacientes com DTM durante todo esse período me fez perceber que os tratamentos não traziam resultados a médio e longo prazo. Os pacientes quebravam as placas e se queixavam dos efeitos colaterais das medicações para relaxamento muscular, prescritas pelo Dentista. Durante a sessão de Fisioterapia eu relaxava a musculatura, mobilizava as articulações, mas já no retorno estava tudo travado novamente, havia algo errado, nenhum tratamento se sustentava a médio e longo prazo o que dificultava enormemente a adesão do paciente às recomendações que o Dentista e eu fazíamos.

Nesses 16 anos fui construindo um método focado na Mudança de Comportamento do Paciente, se era ele que, sem nem perceber, estava mantendo os músculos tensos e como consequência, travando as articulações, eu precisaria fazer com que ele notasse e interrompesse esse padrão. Isso revolucionou o tratamento, passei de 10 sessões para uma consulta, com Orientações Instrumentalizadas e 02 sessões. Com a participação efetiva do paciente tínhamos resultados rápidos e que se perpetuavam ao longo do tempo.